Amar-se, quando o amor- próprio inexiste: autocuidado e depressão

Pensar em se amar quando não há amor por si parece utópico. Afinal, como encontrarei amor onde não existe? O que ocorre, na verdade, é que se amar, na inexistência do amor-próprio, não é uma tarefa impossível; é um desafio! E um desafio necessário….

Essa dificuldade surge, geralmente, quando crenças internas são nutridas em nós, de forma inconsciente, nos fazendo acreditar que não somos merecedores de autocuidado, de um tempo para lazer e prazer, ações essas essenciais para uma vida emocional saudável. Quando não tratamos da nossa mente, problemas como a depressão surgem e tudo se torna mais difícil. Mas ainda é tempo de se amar!

Como podemos definir amor-próprio?

O amor-próprio é uma condição de afeição por si mesmo, percebida  através de práticas realizadas por nós e ao nosso favor. Essas ações nos ajudam a crescer e a tratar da nossa saúde. Não é à toa quando lemos ou ouvimos que o autocuidado é sinônimo de amor-próprio, pois dificilmente alguém cuidará de si sem se amar. Mesmo que alguém seja praticamente “empurrado” por parentes para realizar exames preventivos necessários, ainda podemos dizer que, no fundo, o amor-próprio está presente; a pessoa só precisava de um empurrãozinho mesmo. 

Quais as consequências da ausência de amor-próprio e, consequentemente, autocuidado?

Sempre abordamos por aqui sobre os sinais que o corpo nos dá quando algo não vai bem. Em se tratando de depressão, se pedíssemos para alguém descrever uma pessoa depressiva, entre as características estariam: uma pessoa muito triste e isolada num canto escuro. Mas esses são apenas clichês que muitos associam à pessoa depressiva, com se a doença acarretasse apenas tristeza e cansaço sem fim; ela engloba variados aspectos, sendo o desânimo apenas um dos sintomas visíveis. 

É importante então compreender que alguns sinais são sutis e individuais, tornando difícil a suspeita precoce, daí a necessidade de estarmos  atentos quando na presença de sintomas, como: raciocínio lento ou agitação; procrastinação / falta de interesse; mudanças de peso; insônia ou sono em excesso; dores físicas; alterações de humor; infecções recorrentes, dentre outros.

Percebe que não se trata apenas de sinais psicológicos? A depressão também se percebe no campo físico. Saber identificar a doença é um passo significativo para vencê-la. Ela é real e as possibilidades de tratamento também são!

Olhe para você a partir de hoje!

Sarita Bezerra